segunda-feira, 12 de setembro de 2011

SHIBUMI


Shibumi

Shibumi é uma palavra rica demais para ser traduzida. Seu significado deve muito mais ser sentido do que compreendido.

Shibumi expressa um conjunto de qualidades sumamente positivas e que culminam por levar o seu detentor a um estado de espírito de plenitude e unidade com o Universo, deixando ambos em delicado equilíbrio, sendo homem e Universo um só, individualmente e o Todo, em conjunto.

Alguns se referem a ao Shibumi como nirvana budista.

Shibumi, nas palavras de Trevanian:

Um silêncio eloqüente.
  Shibumi é compreensão,  muito mais do que conhecimento.
    Uma leveza que nos transporta a outro plano.
       Ultrapassar o conhecimento e atingir a simplicidade.


 A diferença entre o verdadeiro e o falso é o efeito que causa em nós.  O que é verdadeiro nos enche de amor, engrandece-nos, nos dá forças e energia para superar quaisquer dificuldades ou obstáculos. 

O que é falso fecha-nos. Nos torna mesquinhos,  egoístas, preocupados, ansiosos... Atrapalha-nos com vibração negativa...
O falso encontra eco em nós apenas através das nossas fraquezas, dependências, carências e necessidades. O falso contraria a natureza humana, a qualidade inerente ao ser humano, que nasce capacitado a entender o Universo e banhar-se na energia radiante, ao atingir o Shibumi. Textos escritos por profetas podem auxiliar, mas mais do que isso, necessitamos é estar preparados para ouvir a voz do Universo.


Shibumi - em nihon-go (língua japonesa, ideográfica ou simbólica) expressa uma virtude de esplendor que até pode se referir a uma coisa, uma obra artística, e à apreciação dessa coisa, apreciação essa em que o sentir é muito mais do que propriamente ver.

Shibumi é usado para qualificar jardins e locais nos quais há tanta harmonia que a beleza é fluída e a paz está em movimento sem perturbar e nem perturbar-se. Paz e contemplação em movimento, onde a mente é que se move.

 O shibumi reside em um apurado refinamento embutido na elegante simplicidade das coisas mais comuns.  Shibumi é mais compreensão do que conhecimento. Um silêncio eloquente. Na conduta diária é a humildade sincera que acompanha uma tranquilidade espiritual não passiva em sua reciprocidade: ser e existir a partir do já, sem a ansiedade da vivência e do vir a tornar-se um dia e doar-se na medida em que recebe doações. Não atinge  o limite do pleno, pois que aquele que recebe plenamente não tem nada para buscar, por si só, e perde sua chance, na ausência da presença natural do saber apreciar com os olhos do wabi sabi.

Mas a principal referência de Shibumi será sempre a pessoa... Porque uma obra, uma obra que tenha a característica de Shibumi,  a terá recebido do seu criador, e constituirá o registro do momento em que o artista atingiu um momento de esplendor.

 O conceito de Shibumi poderia ser expresso pela soma de:

Ultrapassar o conhecimento e atingir a sabedoria

Ultrapassar a realidade e atingir a verdade

Ultrapassar a beleza e atingir a harmonia

Ultrapassar a paz e atingir a serenidade


Shibumi é ultrapassar o conhecimento e conquistar a simplicidade da sabedoria, pois o saber é limitado ao que conhecemos, ao passo que a sabedoria não tem limites, posto que a sabedoria é a capacidade de compreender, em seu sentido mais amplo.

Shibumi é ultrapassar a realidade e conquistar a supremacia da verdade, pois a realidade é limitada pela maneira segundo a qual cada ser humano a enxerga, ao passo que a verdade não tem limites, posto que a verdade está acima da visão pessoal de cada um e é o que nos dá a capacidade de ver a realidade com toda a simplicidade da sabedoria e do wabi sabi.

Shibumi é ultrapassar a beleza e conquistar a pluralidade da harmonia, pois a beleza é limitada pelos nossos sentidos comuns, ao passo que a harmonia é progressivamente ilimitada, posto que a harmonia é a capacidade de sentir com nossa compreensão e não apenas com os sentidos da visão ou da audição e nossa compreensão tem seus limites estabelecidos pelo próprio grau de sabedoria inerente a cada um dos seres viventes.

Shibumi é ultrapassar a paz e conquistar a serenidade contemplativa, pois a paz é limitada pelo curto lapso de tempo dentro do qual ocorre, ao passo que a serenidade é ilimitada, posto que é a capacidade do Uno se tornar parte do todo e de ser, o próprio Uno e o todo, tudo, um só e o mesmo, a um mesmo tempo, sem limitações físicas ou temporais.

Eis aí os motivos pelos quais o Shibumi deve ser muito mais sentido do que compreendido.

O estado de Shibumi, algo distinto do seu significado por ser um estado que incorpora o conceito de Shibumi, e indica um estado tautológico de total plenitude e unidade com o Universo, num delicado balanceamento em que o Homem e o Universo são um só, o Um e o Todo formando, cada qual em sua individualidade, o conjunto complementar da Trindade. (1 + 1 = 3)



 Não há  limites físicos para a Sabedoria sendo seu único limite o grau de Sabedoria que há em nós.


UNTIL WE MEET AGAIN, I BID YOU PEACE.  BYE BYE.

sábado, 21 de maio de 2011

Paixonites, Mãexonites & Cia. LTDA.

Barbarella 7:32pm May 19
Tb não lembro das meninas com paixonites,talvez ...os mais velhos, q deviam nos achar pirralhas tb,como achavam vcs.

Barbarella
7:30pm May 19
Gozado, no primário pensava em boneca, pique esconde,pegador lata,elastico,garrafão...não pensava ( ainda ) nos meninos,e vcs cheios de " paixonites" kkkkkkkkkkkkkkkk,No ginásio já foi beeeem diferente.Eduardo Ernexxxxxto, que bom q vcs gostavam de nós todas

Nestor Bressane 1:52am May 20
Muito bom o link, Edu. Valeu!


Pois é, essa aí no alto é a Barbarella, minha coleguinha de classe do curso primário, minha querida amiguinha de colégio entre 1963 e 1966 e minha querida amiga de Facebook. Nos "reencontramos" por causa desse tal de Facebook, onde está rolando (agora no primeiro semestre de 2011) um reencontro  de ex-alunos do Externato Ofélia Fonseca, primeiro virtual, no Facebook e depois presencial, dia 11 de junho, na festa dos 90 do Colégio.
 Logo abaixo, o Nestor, ex-colega e amigo igualmente – ele há mais tempo, no FB – querido, de quem soube notícias através de outra amiga desde os velhos tempos de Orkut: sua irmã.
Toda essa história começou com um comentário do Nestor, há alguns meses, sobre a sorte que tivemos no primário por causa das meninas tão especiais que tinham estudado conosco e que nos levou a eventualmente acabarmos ficando apaixonados por algumas delas.
Acho engraçado, no comentário dos dois, a inversão dos estereótipos e dos paradigmas com os quais convivi desde muito cedo: meninas amadurecem mais cedo do que meninos.

Talvez nossas histórias de vida nos tenham levado, nessa idade de 10 anos, a isso da Barbarella estar pensando em brincar de bonecas, enquanto que nós dois, meninos, já nos derretíamos de paixonites infantis pelas colegas da sala.

Bem, vou comentar pelo lado que mais conheço dessa história (na verdade, o único que conheço ou acho que conheço): o meu.

Sempre fui mais maduro do que as crianças da minha idade. Talvez a rigidez militar da educação que recebi de meu pai tenha contribuído para isso.

Eu não podia ser barulhento, não podia chorar, não devia gritar, não devia me exceder em minhas demonstrações de alegria ou tristeza em geral. Isso quer dizer que eu tinha que ser estóico diante de tudo, o que talvez tenha, de uma maneira ou de outra, contribuído para eu finalmente ter achado meu caminho espiritual no Budismo, ao completar meus 50 anos, afinal o Estoicismo propõe viver de acordo com a lei racional da natureza e aconselha a indiferença (apathea) em relação a tudo que é externo ao ser, ou seja, muito parecido com algumas bases comportamentais das Práticas Budistas. O homem sábio obedece à lei natural reconhecendo-se como uma peça na grande ordem e propósito do universo, devendo assim manter a serenidade perante as tragédias e coisas boas.
Lembro bem que uma vez levei uma baita bronca e fiquei de castigo por estar entusiasmado demais num jogo de cartas que eu estava ganhando. Mas eu estava só torcendo...

Obviamente, por ser um ser humano e especialmente quando ainda era uma criança “internamente descontrolada”, os sentimentos e as emoções sempre vinham carregados de muita força e vigor – eu SENTIA muito – sem, contudo, poder externar plenamente tudo isso o que ocorria dentro de mim.

Assim foi com relação a essas paixonites infantis. Acho que foi naquele post que escrevi em resposta à confissão pública do Nestor, via Facebook, de ter sido apaixonado por algumas das meninas da nossa classe, que tornei público, que externei pela primeira vez o fato de que a mesma coisa tinha acontecido comigo.

É isso aí.






Until we meet again, I bid you peace. Bye, bye.

terça-feira, 29 de março de 2011

Bela com Conteúdo





Hi Vladmir,
Tatiana C commented on her status.

Tatiana wrote:
 "Conteúdo as vezes cansa. Invejo seres mais vazios. eles têm paz no coraçãozinho, encontram explicação pras coisas mais facilmente e se resignam com mais frequência. Me vejo em 2050 pulando e cantando como índio assim como os útimos dias de nietzsche em Turim. Doidinha doidinha! Thanks anyway ;-)"


Esse comentário foi resposta a outro onde se falava da Tatiana “bela com conteúdo”. Ela não se importou com o “bela”. Além da consciência de sua beleza natural e sua graça juvenil, na maior parte do tempo emolduradas por um sorriso fácil e franco, a Tati deve ter como bem resolvida a angustia que certas beldades tem por terem sido agraciadas pela mãe Natureza.

Traz consigo, todavia, um certo queixume invejoso por levar dentro de si esse tal de conteúdo, razão de angustias ocasionais, que lhe tiram a paz do coraçãozinho.


Tola, tola, tolinha.  Acaso não sabe que tem o dom e a graça de poder fazer-se uma "vazia aparente" se assim o desejar? De aparentemente encontrar explicações mais frívolas para as coisas mais complexas, de modo lúdico e, por ser quem é: um ser Tático?

Sinceramente não a antevejo “doidinha, doidinha” pulando e cantando pelas ruas de Turim, de São Paulo ou quiçá numa aldeia indígena, como uma Nietscha, mas sim, em qualquer um desses lugares, “alegrinha, alegrinha”, fazendo isso ou qualquer outra coisa!

O conteúdo pode fingir a falta deste, mas falta de conteúdo não tem como fingir nada. Podemos “fingir” ser o que está “abaixo” até que o abaixo seja igual ao que está acima, pois todo aquele que sobe pela Escada de Jacó tem condições de estender a mão para que os que estão mais em baixo se tornem irmãos “mais iguais”.
 



Until we meet again, I bid you peace. Bye bye.
 

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Como obter o respeito que você merece no seu local de trabalho.




A maioria das pessoas tende a fazer tudo o que está ao seu alcance para gostar do trabalho que faz ou então para tornar seu trabalho o mais prazeroso possível. Mas de um modo geral, todo mundo quer e precisa mesmo é sentir-se respeitado por aquilo que faz.
Isto é, supondo, é claro, que as premissas laborais estabelecidas nos estudos de Abraham Maslow, Fredrik Herzberg e Victor Vroom com relação à motivação, estejam satisfeitas.

Mas fazer um excelente trabalho e ser respeitado no ambiente de trabalho são duas coisas totalmente distintas. Sempre vai haver, em todas as empresas, aquele trabalhador que dá tudo de si todos os dias do ano, mas que ainda assim é espezinhado por seus colegas, ou ainda pior, por seus superiores.

Ganhar o respeito que cada um merece é, acima de tudo, uma questão de diplomacia e apenas em segundo lugar um reconhecimento pelo desempenho. De nada adianta uma pessoa ser um excelente profissional se ela não souber entender a política da empresa onde trabalha e menos ainda se, por excesso de competência no desempenho de suas funções, abalar os brios de seus superiores: será apenas mais um para ser retirado de circulação de alguma maneira, destacadas aqui as tres formas mais comuns:

1 – vão buscar uma forma do profissional “pedir prá sair”, como no filme BOPE,

2 - vão cavar sua sepultura e meter a faca na caveira para que você seja eventualmente dispensado de suas funções “por justa causa”,

3 - vão simplesmente colocá-lo em algum canto da empresa – a famosa “promoção lateral” – através da qual você vai para escanteio de forma que não incomode mais (tanto assim). 

Isso sem contar aquelas empresas militarizadas onde ocorre rebaixamento mascarado, e, ao invés de promoção, “despromoção”: os pares são promovidos e os “despromovidos” permanecem em suas funções com o mesmo salário, porém com troca de chefia imediata – os que até então eram seus pares passam a ser seus chefes imediatos -  com autonomia reduzida, com eliminação de benefícios, ou com criação de cargos e funções novos dentro da empresa, para os quais você é “promovido”.

Se você notar que isso ocorre na sua empresa, faça como um amigo recentemente fez. Ele reconheceu que havia um certo grau de ignorância necessária para ser promovido na “firma” onde ele trabalhava, o que impediria todo e qualquer tipo de chance de progresso profissional, posto que ele é meio gênio, e acabou “pedindo as contas no DP” – segundo ele, RH (Recursos Humanos) é coisa de empresa séria e vai além do simples Departamento Pessoal.

Pode esquecer qualquer tipo de reconhecimento meritório que não seja o “reconhecimento pelo tempo de serviços prestados”, pois afinal todos sabem há quanto tempo um colega senior está ali no local e seus superiores não podem deixar que seus colegas percebam que eles estão dormindo no ponto.

Caso seus superiores tenham uma capacidade intelectual aquém da necessária para reconhecer e valorizar você e o trabalho que você faz para a empresa o reconhecimento laboral maior deve vir mesmo de seus pares, ou, traduzido isso na mais simples das suas formas, através do respeito que você recebe dos seus pares.

E o melhor benefício de ser respeitado no ambiente de trabalho é que sua vida pessoal dificilmente sofrerá algum tipo de impacto negativo por causa de sua carreira profissional, pois no caminho para casa a sua mente vai estar livre de todas as bobagens e besteiras que vem junto com o peso de ser tratado de uma maneira que prioriza a injustiça e a falta de qualidade de vida no trabalho.

É muito interessante ver como alguns empresários aqui no Brasil agem da mesmíssima forma que nossos políticos: fazem algo que, pelo menos aparentemente e em público, julgam ser bom, quando na verdade não é, e alardeiam isso como se fosse a oitava maravilha do mundo empresarial contemporâneo. Querem ver um exemplo? No meu local de trabalho compraram uma mesa de tênis de mesa e a colocaram na sala de recreação. Mesa de primeiríssima qualidade, assim como as raquetes e as bolinhas. Daí é que a porca torce o rabo e vem as idiossincrasias. Baixaram uma norma interna dizendo que o tempo limite de uso da mesa é de 3 minutos por dia por dupla, “para que todos possam desfrutar do uso da mesa”. 


E os exemplos se multiplicam pelo resto da empresa, até na cozinha, onde a qualidade da matéria prima para preparar as refeições servidas é de excelente qualidade, porém a execução fica aquém do mais primário dos botecos, assim como a reduzida variedade do cardápio mensal, bem menos variada do que locais que servem PF e isso tudo acompanhado de limitações nas porções a serem servidas a cada funcionário. 
Alardeia-se muito e sempre que surge uma oportunidade, o lado bom, a qualidade. 
Tapa-se com uma peneira o lado mau: repetições de cardápio, má qualidade do preparo, falta de variedade e quantidade de legumes e verduras, e finalmente, as imposições restritivas.





Muitos de nós já viram de perto o “lado escuro da Força” (Star Wars).  Aqui vão algumas idéias sobre como fazer o lado claro prevalecer:

 

Não ligue muito. Estou falando sério.

Algumas pessoas ficam obcecadas com suas vidas profissionais e acabam se esquecendo de um detalhe importante, o de que a relação entre o homem e seu trabalho é como o relacionamento entre duas pessoas: se houver muita pressão, acaba sufocando. Da mesma forma que você precisa manter sua identidade quando em um relacionamento, seu chefe precisa começar a valorizar a sua presença e entender que você trabalha na empresa onde trabalha por escolha própria e não por falta de opções. Você não está ali fazendo um favor e muito menos trabalhos forçados ou trabalho escravo, mas sim prestando um serviço em troco de um pagamento: além do salário, também e principalmente os demais benefícios necessários à satisfação pessoal no trabalho e que levam à motivação - conforto, segurança, apoio dos superiores, qualidade de vida e toda a lista Herzberguiana. (http://www.ccae.ufpb.br/public/studia_arquivos/arquivos_01/saulo_01.pdf)


Se você não estabelecer limites, haverá abusos, com toda certeza. Então você pode fazer pé firme e mostrar o seu valor ou então pode procurar outro trabalho melhor. Dê menos importância. Não seja totalmente “não to nem aí”, mas também não chegue ao ponto de ter uma úlcera por excesso de preocupação. Procure mostrar que uma relação do tipo ganha-ganha é sempre melhor e que para a empresa ganhar, você não precisa necessariamente perder nada e vice versa. A não ser que a empresa insista nisso, mas daí o azar será dela, que perderá a satisfação do funcionário. E funcionário insatisfeito não consegue chegar no patamar da motivação “nem a pau, Juvenal”! (Frederick Herzberg)

Lembre-se de que o ontem já passou e o amanhã ainda não chegou e importe-se com o aqui e agora.

Jamais perca um prazo. Nunca jamais.

Um prazo tem esse nome por uma boa razão. O único lugar onde não se pode contar com a prorrogação de um prazo baseado em bom senso é em um Fórum – lembrando aqui a máxima: “De cabeça de Juiz e de bundinha de criança a gente nunca sabe o que vai sair”. No momento em que você perceber, logo ao fazer SEU planejamento, que um determinado prazo é irreal, vá conversar com seu chefe e justificar os porquês do pedido de alteração do prazo. Explique e deixe claro que a qualidade vai cair e quais serão as consequências disso. Ofereça uma alternativa mais realista. Se seu chefe for inteligente o suficiente para entender isso, ponto para os dois: quem explicou e quem entendeu!

 

Jamais se atrase para um compromisso.  Nunca jamais.

Atrasar-se indica que você acredita que o seu tempo é mais valioso do que o tempo da outra pessoa. Talvez seu tempo seja mesmo mais valioso, mas mesmo assim respeite as outras pessoas. Coloque-se no lugar deles. Sempre aja com empatia. Se a pessoa que conduz uma reunião, por exemplo, não tem a capacidade para perceber que TODOS ali estão sendo pagos para trabalhar e não para esperar pelo início da reunião ou para aguentar a chatice de uma reunião que não seja rápida e significativa, isso não justifica você se atrasar. Leve algo para ler ou manter-se ocupado, mas chegue antes da hora marcada.

 

Não fofoque. Especialmente via email.

Os comentários aqui são desnecessários. Caso sejam... Deixa prá lá. Pode parar de ler e vá ver uma novela ou ver futebol ou jogar uma pelada que vai ser mais proveitoso Prá Você... Né, Ana Maria – duas metades iguais -  Braga?.

 

Trate os que estão “abaixo de você na cadeia alimentar” muito bem sempre. Com sinceridade e sem ironias e nem deboches.

Outro tópico que dispensa maiores comentários... Né, Dona Dilma e companhia limitada de pessoas detentoras do poder?

 

Vista-se de acordo com o padrão da empresa onde trabalha.

Não use terno e gravata onde todos usam camiseta e jeans. Jamais use roupas importadas se até o dono da empresa se veste na rua de comércio popular da cidade. Se todos usam gravatas com estampas que lembram roupas de comediantes populares da TV, pergunte onde pode comprar igual e junte-se a eles. Procure vestir-se igual ao dono da empresa. Se você tiver colegas inteligentes e perspicazes, eles logo notarão a ironia e você ganhará o total respeito deles.

 

Aprenda a calar a boca, especialmente numa rodinha no café.

Ser discreto nunca é demais. Honestidade demais, às vezes, é demais! (“Nossa, esse botox deformou seu rosto!”) Não minta. Apenas saiba quando omitir certos detalhes na frente de certas pessoas. É justo e perfeito agir assim? Não, absolutamente não é! Mas antes de abrir a boca pergunte-se se haverá algum tipo de dano colateral em resposta à sua honestidade aberta e franca. Tente agir como num jogo de pôquer: tem que saber quando segurar a mão, saber quando pedir cartas, saber quando cair fora e saber quando blefar.


Lembre-se de que você passa em média 45/50 horas por semana no seu local de trabalho. Isso é mais do que o seu tempo livre, o tempo que você tem para dedicar exclusivamente a VOCÊ, se descontarmos as horas de sono, as horas gastas em trânsito – seus deslocamentos de ida e volta para o trabalho -  e as horas gastas em afazeres necessários da vida cotidiana.
Obtenha seu espaço e todo o respeito que conseguir conquistar no ambiente de trabalho e você poderá desfrutar muito mais seu fim de semana sem ter que ficar se martirizando com a idéia de que a segunda-feira já está chegando novamente.
Qualidade de vida é importante e essencial em TODOS os aspectos da vida de uma pessoa, e o grau de qualidade de vida a ser buscado, de um jeito ou de outro, (lembre-se dos campos de concentração, onde os detentos procuravam ter qualidade de vida mesmo indo contra as normas do guardas nazistas, como forma de manter intacta um pouco de sua integridade e honra) está diretamente ligado ao tempo que se passa, que gasta ou que se desperdiça em um lugar.

Certifique-se de que VOCÊ está obtendo, no mínimo, de você mesmo o respeito que você merece no seu local de trabalho!



Until we meet again, I bid you peace. Bye, bye.

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

SOFRE BATUTA!!!

Sofre batuta!
Maestro não rege sem ti.
Maestro já não rege, senti.
Orquestra, sem maestro, já não toca.
Mesmo assim há gente que nem assim se toca.
Maestro bota o rabo-batuta entre as pernas e vai prá toca...


(Ma ni anche che la creppa perdere il valore!!!: 
tutto è perduto, fuor che l'honore)


Entocada e encostada batuta,
Trata de cuidar de sua labuta.
Moinhos de vento, agudos ou graves,
Driblar os "Batistuta", 
Prá não falar dos verdadeiros "em traves", 
Grandissíssimos filhos...


ihhhhhhhhhhhh, acabou o espaço, MAS NÃO A LUTA!!!!!!!
ihhhhhhhhhhhh, acabou o espaço, MAS NÃO O MOTE!!!!!!!
Maestro que rege com SEU rabo-batuta,
Rabo-Rocinante e honra de Dom Quixote!!!





UNTIL WE MEET AGAIN, I BID YOU PEACE. BYE, BYE.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

MAYBE TALVEZ




Talvez

Há um conto Taoísta sobre um velho fazendeiro que trabalhou em seu campo por muitos anos. Um dia seu cavalo fugiu. Ao saber da notícia, seus vizinhos vieram visitá-lo.
"Que má sorte!" eles disseram solidariamente.
"Talvez," o fazendeiro calmamente replicou. Na manhã seguinte o cavalo retornou, trazendo com ele três outros cavalos selvagens.
"Que maravilhoso!" os vizinhos exclamaram.
"Talvez," replicou o velho homem. No dia seguinte, seu filho tentou domar um dos cavalos, foi derrubado e quebrou a perna. Os vizinhos novamente vieram para oferecer sua simpatia pela má fortuna.
"Que pena," disseram.
"Talvez," respondeu o fazendeiro. No próximo dia, oficiais militares vieram à vila para convocar todos os jovens ao serviço obrigatório no exército, que iria entrar em guerra. Vendo que o filho do velho homem estava com a perna quebrada, eles o dispensaram.
Os vizinhos congratularam o fazendeiro pela forma com que as coisas tinham se virado a seu favor.
O velho olhou-os, e com um leve sorriso disse suavemente:
"Talvez."



Maybe



There is a Taoist story of an old farmer who had worked his crops for many years. One day his horse ran away.
Upon hearing the news, his neighbors came to visit. "Such bad luck," they said sympathetically.
"May be," the farmer replied.
The next morning the horse returned, bringing with it three other wild horses. "How wonderful," the neighbors exclaimed.
"May be," replied the old man.
The following day, his son tried to ride one of the untamed horses, was thrown, and broke his leg. The neighbors again came to offer their sympathy on his misfortune.
"May be," answered the farmer.
The day after, military officials came to the village to draft young men into the army. Seeing that the son's leg was broken, they passed him by. The neighbors congratulated the farmer on how well things had turned out.
"May be," said the farmer.


Until we meet again, I bid you peace. Bye, bye.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

MEMÓRIAS ANTE-MORTEM DE VLADMIR EDU MAIAKOVSKI - I



AO VERME

QUE
PRIMEIRO ROER AS FRIAS CARNES
DO MEU FUTURO CADÁVER
DEDICO
COMO ANTECIPADA LEMBRANÇA
ESTAS
MEMÓRIAS ANTE-MORTEM


A você que está lendo agora, meu caro leitor, minha cara leitora, my dear reader, whichever your sexual preference might be

Que, no alto do principal de seus livros, confessasse Machado de Assis havê-lo escrito para apenas uma leitora e no fim ter sido lido por mais de um milhar deles, coisa é que admira e consterna.
O que não admira, nem provavelmente consternará, é se esta série de posts não tiver os cem leitores de Stendhal, como menciona nosso brasileiríssimo Machado, nem cinqüenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? Talvez cinco. Quiçá um... ... ...(Lona?)
Trata-se, na verdade, este, de um post de fuso (horário) e difuso, no qual eu, Vladmir Edu Maiakovski, se aqui copiei e plagiei, em homenagem, a forma preambular livre do grande mestre da literatura brasileira, não sei se lhes meterei (não a Machado & cia, mas sim aos posts futuros) algumas rabugentices de pessimismo brascubiano ou se escreverei com o otimismo desenfreado de Rhonda Byrne.
Pode ser.
Obra de futuro finado. Escrevê-lo-ei com o digitar desleixado da galhofa eduardiana e a tinta melancólica da impressora HP; e, se não é difícil antever o que poderá sair desse conúbio, diria que é tarefa impossível.

 Acresce que as gentes graves poderão achar nesta série de posts umas aparências de puro e inconteste plágio, ao passo que as gentes frívolas não acharão nele nada além da “chatice” usual que soem achar no Grande Mestre; e a série aí ficaria privada da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as duas colunas máximas dos extremos da opinião e ficaria, então, apenas e tão somente privada, não fosse a boa vontade e o amor pela leitura descompromissada daquelas gentes que se encontram no tramo mediano da curva de Gauss: a eles, meus leitores normais, meu muitíssimo obrigado e as batatas, posto que são vencedores.

(É, Leo, eu sei que não deveria ter dado o peixe assim, mas quem é que iria se lembrar de “ao vencedor, as batatas?”)

(Viu, Débora, aprendi a não meter o ponto final ali.)

(Nota do Vlad: A Débora Cristina de Almeida, uma delícia de autora e de pessoa, acreditem em mim, é uma de minhas mentoras intelectuais.)

Mas eu ainda espero angariar as simpatias das opiniões, e o meio eficaz para isto, segundo Machado de Assis, é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado, matéria na qual, segundo corre à boca solta por aqui, sou um expert diplomado, pós-graduado e com MBA. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinariamente plagiário que empreguei na composição do prólogo destas Memórias, trabalhadas cá neste mundo. Seria curioso, mas nimiamente extenso e, aliás, desnecessário ao entendimento dos futuros posts relacionados. Cada post será, em si mesmo, o tudo e um tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus viola: a meto num saco e volto prá escola.

(Eu sei, Leo, eu sei... Mas fazer o que se amo uma riminha trouxa?)

(O Leo é um dos meus mentores intelectuais, prá quem não sabe e nem conhece. É só dar uma olhada no Facebook.)

Vladmir Edu Maiakovski

Until we meet again, I bid you peace. Bye bye.